quarta-feira, 20 de maio de 2009

terça-feira, 19 de maio de 2009

A nova Era...


De acordo com as ideias do autor Manuel Castells, foi através da alfabetização que o homem se estruturou mentalmente para a comunicação cumulativa em conhecimento. Porém a alfabetização somente permitia o discurso racional através da comunicação escrita e separava assim o sistema audiovisual, fator muito importante para o preciso desenvolvimento da mente humana.
O século XX foi marcado pela criação da cultura audiovisual. A princípio com o Filme e o Rádio e mais tarde com a Televisão. Com o invento da “Galáxia de
McLuhan” (a televisão) reuniu textos, imagens e sons no mesmo sistema interagindo de modo multiplicitado, no tempo escolhido (real, ou atrasado) para toda rede global. A partir daí muda fundamentalmente o carácter da comunicação.
A comunicação mediada pela TV rapidamente se expandiu representando assim o Fim da Galáxia de Gutemberg, ou seja, de um sistema denominado pela tipografia e pelo alfabeto fonético.
Para a televisão, não importava o que iria ser representado, tampouco a opinião das pessoas. Importante era a propagação das notícias, a diversão, o prazer, o entretenimento. Dessa maneira, se transformou a atividade essencial depois do trabalho.
Contudo, a mídia como sistema de comunicação não poderia ter somente “mão-única”, ou seja, só o emissor transmitir a mensagem enquanto o receptor não pode expressar sua opinião diante do que recebeu.
O público era então visualizado como “receptáculos passivos”. Seria necessária a interação da plateia. Assim surgiram novas transformações tecnológicas como: Walkman, Videocassetes, Filmadoras difundindo a esta, a
crescente diversificação de conteúdos, no entanto, a Galáxia de McLuhan não reprovou a ideia de ser uma comunicação de mão única. Precisava-se de algo a mais, então criaram O
Computador.
Com a finalidade de auxiliar o exército norte-americano a fazer cálculos balísticos, foi criado o primeiro computador pelos cientistas: John Presper Eckert e John W. Mauchly que denominaram o invento de:
ENIAC (Electrical Numerical Integrator and Calculator).
Mais tarde, com o aperfeiçoamento do veículo, a tecnologia foi desenvolvida permitindo todos os tipos de mensagens, sons, imagens e dados formando uma rede de acesso a símbolos sem o uso de centros de controle, a qual atualmente chamamos de Internet.
A comercialização da internet cresceu em ritmo acelerado, porém somente usufruía do novo meio quem estivesse alto poder aquisitivo.
Na nova Era século XXI, sem inação o computador é a “Nova Galáxia da Comunicação”, pois o sistema é caracterizado pela integração de diferentes veículos de comunicação e seu potencial interativo. Via de mão dupla, o indivíduo recebe, envia e troca informações, paga contas, assiste TV, ouve músicas, estuda, se diverte, enfim, praticam-se todos os tipos de atividades por meio do sistema.
Sob a luz das ideias do autor kollock (1999, p.220) a falta de uma autoridade central no ciberespaço, a possibilidade de interação anônima e a dificuldade de se impor sanções físicas ou monetárias torna surpreendente que a internet não seja apenas uma guerra de todos contra
todos. Mas, o ato de se comunicar é entrar em conflito.
Hoje em dia, para adquirir um emprego, o sujeito deve conhecer, ao menos, noções de informática. “Daqui a algum tempo só existirão dois tipos de empresas: as que estão na internet e as que não estão em lugar algum.” (citação de Bill Gates).
Porém, é existente ainda uma grande quantidade de pessoas que não sabem e nem querem aprender a mexer no sistema digital acreditando ser algo efêmero.
Ao contemplar uma análise do debate de Steven Johnson (pioneiro da internet) e Paul Starr (professor de sociologia) cuja íntegra saiu na “Prospect”, é percebido o quanto ainda há conflitos no que se diz a respeito à
Comunicação Mediada por Computadores.
Stevan defende as ideias de que a poderosa eficiência na distribuição de informações, a facilidade aos acesos informativos governamentais, a interação ativa de inúmeras pessoas na produção de suas próprias notícias, a credibilidade das fontes, a liberdade de expressão e além de tudo isso, a “gratuidade” de acesso ao novo sistema (Internet) ocorreu graças ao fenômeno da imprensa digital.
Em contrapartida, o sociólogo Paul Starr teme essa invenção e a extensa difusão deste tão eficaz meio comunicacional. Preocupado com o total desaparecimento do jornalismo tradicional impresso, ele menciona inúmeras faces negativas do sistema.
O sociólogo assevera que a internet além de enfraquecer a capacidade de a imprensa subsidiar a produção de jornalismo de serviço público, ela também fortalece a incapacidade das mídias noticiosas cobrarem por seus
conteúdos, gerando o desemprego de muitos jornalistas. Ela destrói o “público consciente”, pois, os navegadores das redes ignoram as questões políticas, econômicas e sociais ocorrentes no mundo. Paul sustenta ainda a afirmativa que na internet, as pessoas plajeam coisas que aparecem em outros lugares.
Segundo os pensamentos do linguista estrutural, Ferdinand de Saussure, nós nunca seremos os autores das afirmações que fazemos ou dos significados que expressamos na língua. Então, o que nos fica subtendido aqui é que diante de uma notícia impressa ou digital estaremos da mesma forma fazendo réplicas de palavras e significados que já existiam em outros contextos. Além disso, os livros não nos permitem um vasto campo de informações como os
hipertextos encontrados na internet. Deste modo, notamos o quanto as habilidades e as competências se ampliaram.
Através dos recursos tecnológicos, principalmente da área de comunicação, podemos presumir o que acontecerá no futuro, como é exibido no vídeo
EPIC 2015. Certamente a Comunicação mediada por computadores constitui um dos legados mais fascinantes e importantes da nossa contemporaneidade.

_______________________________________________________________________

Referências Bibliográficas:


CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede ; tradução: Roneide Venâncio Majer – São Paulo: Paz e terra, 1999.

Debate entre Steven Johnson e Paul Starr.

Artigo:
A era da Internet

Autor: Dailton Felipini

Site:
http://www.e-commerce.org.br/

Nascimento e morte do sujeito moderno. In: A Identidade Cultural na pós-modernidade - Stuart Hall

A Revolução da Mídia
Site:
www.youtube.com/